
Imagem retirada da Internet
Horas profundas, lentas e caladas
Feitas de beijos sensuais e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas…
Ouço as olaias rindo desgrenhadas…
Tombam astros em fogo, astros dementes.
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata p'las estradas…
Os meus lábios são brancos como lagos…
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras…
Sou chama e neve branca misteriosa…
E sou talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!
Florbela Espanca

Foto: Wood Eye
Vem até mim…
Encosta o teu corpo nu ao meu e acaricia-me suavemente…
Levemente…
Faz com que fique como adormecida sobre o teu corpo…
Beija-me os lábios…
O pescoço…
Desce…
Desce mais um pouco…
Percorre a tua língua e os teus lábios pela minha pele ao mesmo tempo que a roupa vai deslizando pelo meu corpo…
Quero sentir-te junto a mim…
Cada vez mais próximo de mim…
Quero que me beijes ardentemente e me apalpes cada nádega cada pedaço da minha pele com aquele desejo, com toda aquela loucura…
Com todo aquele tesão…
Quero que me arrastes contigo para a cama ou para outro sítio qualquer…
Prende-me os pulsos…
Faz com que eu deseje tocar-te e não consiga…
Usa as algemas que se encontram ali encostadas e prende-me os pulsos…
Vá prende-me…
Prende-me…
Prende-me…
Porque hoje é isso que eu quero…
É isso que desejo…
Já não quero que sejas brando comigo…
Quero que sejas “bruto”…
Selvagem…
Quero que soltes a fera que há em ti…
Quero-te…
Assim…
Só para mim!